Acho que quase tudo na minha vida é nivelado por altos e baixos. Se eu fizer uma média de todas as vezes que fui feliz e triste profissionalmente, por exemplo, tenho quase certeza que será uma linha reta que estará entre 0 e 1, independente dos valores mínimo e máximo.


Pensando na minha vida afetiva, o mesmo ocorre: se eu traçar o ponto mais positivo, aquele em que a relação está começando e tudo é maravilhoso, e o ponto mais negativo, o da primeira briga séria e assim sucessivamente, nas outras partes felizes em que você vê um ponto positivo na amizade ou no namoro e também o oposto, tudo aquilo que machuca e fere, dá o mesmo resultado, a linha reta.


O único problema dessa é que o corte é mais nítido do que a outra. Sempre que me vejo profundamente magoada e sinto que não tem mais do que tirar proveito, encontro o limite do eixo x. Nessas horas que a diferença entre os eixos ficam visíveis: você sempre pode se recuperar de uma mágoa, o eixo y apresenta os dois lados da moeda.


Já o eixo x é traiçoeiro, você não pode voltar atrás. Você pode pedir desculpas pela ofensa mas nunca, nunca poderá voltar ao ponto anteior ao de cometê-la. O outro lado pode perdoar, mas sempre que você analizar o seu gráfico verá aquela sujeirinha de caneta. A mentira dita para minimizar um erro vira um borrão no que poderia ter sido só um desnível.


Pensando nesse gráfico parece ser muito mais fácil pender para o negativo do que para o positivo ou talvez isso seja só como estou analizando a coisa toda agora. Mas vai passar, tudo passa.

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