A vida como ela não deveria ser

A dor de perder um parente que se despede aos poucos revela múltiplas facetas. Uma delas é a despedida (possivelmente forçada por uma das partes) de alguns amigos, pela simples divergência de opiniões. Opinião esta, deve-se dizer, ditada e não pedida. Outra característica importante é o aumento do grau de abismo entre a forma de pensar e agir de dois parentes, muito possivelmente irmãos, que mesmo compartilhando anos e anos de convivência, situam suas vidas em mundos completamente diferentes.

Eu assisto a tudo sentada em uma cadeira, sou mera expectadora do teatro da vida. Por ora gostaria de levantar e partir, mas noto as portas da saída de emergência acorrentadas. Então permaneço ali, observando, chorando junto. Porque, apesar de ver uma projeção, o meu próprio espetáculo também continua.

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