noite 13/09/09

 
Eu estava no aterro do flamengo a noite, tentando ir para casa. Eu tinha alguma urgência em pegar meu ônibus e estava com medo pq lá estava escuro e eu era a única pessoa no ponto. Depois chegaram algumas crianças da favela e eu ficava um pouco mais tranquila, por pelo menos ter gente por perto.
 
O 422 chegava e todos nós embarcávamos, só que ele pegava um caminho muito doido, dentro de uma favela muito íngreme. Às vezes, o ônibus tinha q voltar para pegar mais impulso e então conseguir subir a ladeira.
 
Na metade do caminho eu desço do ônibus junto com alguém que eu conhecia, e começava a ter um tiroteio bizarro. A pessoa me falava para me abaixar e deitar no chão encolhida, mas os tiros eram de fuzil, então eu pensava que me esconder não adiantaria muita coisa, mas deitava no chão.
 
Depois começava a me sentir muito fraca e não conseguia me mover direito. Sentia uma ardência no pescoço e quando passei a mão nele, ela voltou cheia de sangue.
 
Batia na porta do barraco perto de mim pedindo por ajuda, mas ficando cada vez mais fraca. Quem abria a porta era o Stênio Garcia, na forma do Dr Castanho (kkkkkkkkkk) e ele tentava me ajudar. Ele começava a me fazer um monte de perguntas, mas eu não conseguia responder. Eu pegava um pedaço de papel e escrevia o telefone da minha casa e da casa da minha tia e desmaiava.
 
Meu sonho ficava todo preto e eu conseguia ouvir as pessoas mais ou menos. Depois de um tempo ouvia a voz da minha mãe e voltava a acordar, mas ainda sem entender nada.

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